sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Vôa, Valtemir, vôa!

O futebol brasileiro perdeu nesta quarta-feira, o goleiro Valtemir Pereira. Aos 39 anos, o jogador do Andirá faleceu na UTI da Fundação Hospital do Acre, na capital acreana, vitima de meningite aguda.

Anjo Negro, como era conhecido, ficou famoso no pais inteiro, em 1997, quando tentava defender o Rio Branco de uma goleada do Flamengo. Naquele jogo, Valtemir entrou para a história do futebol brasileiro ao meter uma pisa no árbitro mineiro Klever Assunção. (Leia aqui)

Segundo Valtemir, a atitude estabanada foi originada pelas expressões nada lisonjeiras e até preconceituosas por parte do juiz e do jogador Romário tais como: “Passa a bola, nego filho da puta!”.

Naquele tempo eu fazia marketing para o jornal Página 20, cujo apodo era Galinho bom de briga. Depois da franca pancadaria no Maracanã, por parte do Valtemir, me tornei seu fã, não pela feia atitude, mas porque o Valtemir, como bom acreano que era não trouxe desaforo pra casa.

O Flamengo, quando foi jogar em Rio Branco levou o time reserva como que humilhando a nobre Estrela Solitária. Tomou um couro de 2x1. Foi um jogão. Até a enorme torcida do Flamengo em Rio Branco ficou orgulhosa com o Estrelão.

Só que, no segundo jogo, o Mengão não quis arriscar e, em pleno Maraca, lotado até a tampa, com Romário e Cia. Ltda., sapecou 5x1 no time do Acre.

Depois da doidice do Valtemir e ao mesmo tempo uma lavada na alma dos acreanos sugeri ao Stélio, dono do jornal Página 20, que o contratasse como nosso garoto propaganda, afinal ele tornou-se na prática o que nós queríamos dizer com Galinho bom de briga.

Infelizmente não conseguimos contratá-lo, nem encontrá-lo. O cara ficou famoso de um momento para outro e não gostou muito daquela fama negativa, com razão, né? Aí sumiu do mapa, depois fez algumas outras besteiras como tentar se matar com um tiro no peito. Mas essa é outra história do Valtemir, depois a gente conta.

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