quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Archibaldo Antunes escreve

Flor de malva


Era de graça
Era inteiramente seu
Caloroso como abraço
Estava longe
De ser falso
Mas agora se perdeu

Era só seu
E de mais ninguém
E foi de graça
Que você o recebeu

Era como estrela
D’alva
Uma bela
Flor de malva
Que agora feneceu

Era lindo
Como as garças
Útil como a traça
Que devora os papéis
Que ninguém leu

Talvez você não saiba
Mas foi o destino,
Esse cretino,
Quem lhe deu
E que a culpa
É da desgraça,
Mãe de todas as trapaças,
Que mandou
Que fosse seu

Agora não há graça
Em ver que por pirraça
Você mo devolveu

Era de graça
E estava longe
De ser farsa.

Mas agora se perdeu... 


Leia mais crônicas, textos jornalísticos e poemas excelentes como este, no blog do autor, aqui

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Meu sorriso para vocês! Feliz Ano Novo!


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Show de humor

Estreia do show do humorista acreano Antonio Klemer. Não perca de jeito nenhum!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Luz, quero luz!

Não falta luz em São Paulo, nem em Fortaleza, nem no Rio de Janeiro, que dirá em Brasília. 

Não falta luz em Xangai, Nova York, Paris, Dubai.

Não falta luz em La Paz, Palestina, Tel Aviv e Pequim.

Nem distrito fabril de Manaus falta luz.

Também nunca falta luz em Dublim, Amsterdan, Washington, Londres, Moscou, Caracas, Atenas, Las Vegas, Miami, Washington, Honolulu e Buenos Aires e mais o Vaticano.

Esses lugares têm luz.

Falta luz em Rio Branco, capital do Acre. 

Nesse lugar tem gente no escuro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Do Acre

Sempre, vez por outra, me perguntam assim, toda vida que eu digo que vim do Acre: “Do Acre? Meu Deus! Do Acre? Você é do Acre? Do Acre mesmo? Jesus! Do Acre?! Oh, meu Pai! Do Acre mesmo?!... Fala sério! Você veio mesmo do Acre?” E, antes que eu diga que sim, me perguntam mais ainda: “Mas... você nasceu lá? No Acre?” E exclamam: “Que legal! Gente! Esse cara acabou de vir do Acre! É sério! Ele veio do Acre! Olha! Do Acre! Sério mesmo! Do Acre!”

Sou nascido e criado na Aldeota, capital de Fortaleza, capital do Ceará. Estudei no Grupo Escolar São Pedro, dirigido pela irmã Maria do Carmo, professora de Religião, OSPB (Organização Social e Política Brasileira) e geografia, e juro por Nosso Senhor, que não perguntei nadinha ao Gúgol! Mas, tenho quase certeza absoluta plena, que, tanto a escola municipal São Pedro e o vizinho colégio particular Christus, eram mantidos pela Igreja Católica, financiados pela Ditadura Militar.

Eu tinha ali, pelunzoito ou dez anos quando meu pai, seu Otávio, pendurou na parede da cozinha (entenda como sala de jantar, tá!), três pôsteres, emoldurados, lado a lado. O primeiro, da esquerda para a direita, era o mapa do estado do Ceará, o do meio, era o mapa do Brasil e o último, o mapa múndi. Depois da janta, enquanto a mãe tirava os pratos da mesa, o pai apontava, com uma batuta (que parecia um pedaço de antena interna de televisão) um lugar, num daqueles mapas.

- Argentina! - Disse a Laluce, minha irmã mais velha – Capital? - inquiriu o Pai.
- Buenos Aires! - respondeu Dijé, a mais nova.

Olhou, franzindo o cenho, meu pai para mim. Como que ameaçando um surra de fivela de cinto, caso eu não respondesse à próxima arguição. Cutucou com sua bela batuta um ponto na beira do mapa do Brasil. Dali da onde eu tava, num dava pra ver o nome do lugar aonde a batuta apontava. Só num caguei, ali mesmo, na hora porque num tinha bosta pronta.

- Que lugar é esse, meu Deus? - Pensei. - Po-posso chegar mais perto, pai? - Pode. - Disse o pai. - Saia daí. Venha ver de perto.
- Ah! Já sei!
- Agora, responda então! Que lugar é esse, meu filho? 
- É o Acre, né não?
- É. Acertou.

Mesmo assim, inda levei umas boas palmadas, por ter demorado a achar o Acre no mapa do Brasil.
Como dizia o velho escriba, José Chalub Leite: “ Ninguém vem ao Acre impunemente!”

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Xerife

Indagorinha, nessa tarde de chuva, na serra, conheci Flavio Migliaccio, de quem sou fã, desde menino. Pedi uma foto (como todo bom tiete) e ele, apressado, mas gentil permitiu que eu publicasse aqui pra gente ver sua simpatia. Beijo, Xerife!


 
 Flavio Migliaccio (á direita), o Xerife, com Paulo José, o Shazan, no seriado infantil da década de setenta, da TV Globo. Ê saudade!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Hino Acreano na camiseta

 
Olha só, galera do Acre, minha nova criação em camiseta. Hino Acreano.
Um belo presente de natal. Vou logo avisando aos apressadinhos em copiar idéias dos outros: a camiseta original tem a minha assinatura, tá?!