quinta-feira, 29 de março de 2007

Para refletir

Pobre Caco


Lembra do Caco, o Sapo, da turma dos Muppets? Pois é, abandonado pelos falsos amigos do show business e pelo seu grande amor, a atriz e cantora Miss Piggy, e ainda com o agravante da morte do seu pai, Jim Henson, o pequeno anuro de feltro, enveredou pelo mundo das drogas, álcool e sexo depravado. Neste clip www.sadkermit.com, ele canta “Hurt”, do Nine Inch Nails, versão de Johnny Cash, uma das músicas que marcaram a sua triste jornada ao fundo do poço.

sábado, 24 de março de 2007

Cerveja pro coração


Impressionante!
Publicado ontem no blog do jornalista Altino Machado

Na sexta-feira, uma respeitável professora acreana sentiu-se mal e procurou o atendimento de urgência da Unimed em Rio Branco. Sem realizar qualquer exame, a médica de plantão diagnosticou depressão e recomendou que a paciente fosse para casa e tratasse de se divertir e de tomar algumas cervejas para relaxar.


A mulher comprou uma caixa de cervejas e, no sábado, quando bebia o conteúdo da terceira latinha, voltou a passar mal. Novamente procurou a emergência e foi atendida pela mesma médica, que tirava plantão de um colega.

A mulher disse que sentia dores no peito, na nuca, e que seu coração parecia agitado. Novamente a médica insistiu no diagnóstico da tal depressão. Trouxe um copo com água e serviu um comprimido de diazepan e mandou que a paciente fosse relaxar em casa.

Para ler a matéria na íntegra: http://altino.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de março de 2007

Calçada


Turista carioca, de 67 anos, morre atropelada no centro de Rio Branco. Dona Mercedes, ao tentar contornar uma banca de camelô, três bicicletas acorrentadas num poste, uma motocicleta estacionada irregularmente, uma Kombi onde seu proprietário vende água de coco em cima da calçada e um buraco de obra no asfalto teve óbito imediato ao ser colhida por um caminhão de lixo que se evadiu do local em desabalada carreira.

Já o aposentado da Aleac, de 32 anos, conhecido apenas como Raimundo Tolete, sofreu traumatismo craniano, amputação da perna direita e pequenas escoriações generalizadas ao ser abalroado, na contramão por um ciclista visivelmente embriagado. O fato ocorreu por volta do meio-dia quando Tolete caminhava tranqüilamente pelo meio da pista da direita da Avenida Nações Unidas admirando as novas câmeras de segurança que pareiam com os semáforos. O pedalante se evadiu do local sem prestar socorro à vítima.

O estudante Sebastião Maia Covisque, de 17 anos sofreu acidente ofídico ao ser mordido no tornozelo esquerdo por uma cobra jararaca. A desgraça aconteceu quando Covisque ia para a escola, caminhando pela sarjeta da Travessa Guaporé, no bairro Cerâmica e, ao avistar um veículo que vinha do rumo do Parque da Maternidade, em desembestada carreira, na sua direção, saltou de pronto para a calçada vindo aterrissar no matagal que escondia o ninho da serpente que o atacou. O jovem permanece em observação no pronto-socorro do Hospital de Base.

Um vereador de Rio Branco, cujo nome não foi identificado foi brutalmente atropelado por vários veículos, de placas também não identificadas. O vereador teve morte instantânea com requintes de crueldade. O edil, trajando apenas uma sunga de banho com estampa do Flamengo caminhava tranqüilamente por uma calçada da Avenida Barão de Studart e, ao tentar atravessar a Avenida Antônio Sales, bem longe da faixa de pedestres, sofreu o desastre. A polícia descarta a possibilidade de atentado político e aposta em mais um fato corriqueiro deste trânsito louco de Fortaleza.

O que o eleito estaria fazendo no Bairro Aldeota, na capital do Ceará, muito distante da câmara de vereadores de Rio Branco, com seus projetos prometidos durante sua campanha eleitoral, ainda por serem elaborados (agora jamais serão)? Parece que nenhum dos outros acidentados, citados em publicações sensacionalistas se interessou em saber (e jamais saberá). Uma das promessas do então candidato era a de construir e restaurar calçadas. O próprio precisava também aprender a usar a calçada e a se comportar num lugar onde a principal lei do trânsito é extremamente observada: a da sobrevivência.

A minha mãe sempre me ensinou a andar na rua. Dizia: “Olha, meu filho, mesmo que a rua seja de uma só mão, ao atravessar, você tem que olhar para os dois lados. Sempre vem um abestado de bicicleta na contramão”. O que teria dito Dona Francisca, a mãe do Raimundo Tolete quando ele era apenas o Mundinho Ruma de Bosta? Num tempo em que nossa cidade era (muito mais do que é hoje) encravada no meio da floresta? Onde só existiam passadouros e ramais, ruelas e matagais? Talvez tivesse dito: Olha, meu filho, aquilo que vem ali no escuro é um caminhão, não é dois seringueiros com as porongas acesas, não, tá?

O estudante que foi mordido pela jararaca, já é de uma geração Manoel Julião, Xavier Maia, Calçadão da Gameleira, Parque da Maternidade... Projetos urbanos com calçadas incluídas. O problema é que o rapaz mora e estuda no Segundo Distrito, num dos primeiros bairros da nossa capital. Acostumado a passear no parque, esqueceu que perto de casa não tem calçada e saltou para o prejuízo. Na maioria dos bairros de Rio Branco, que mal tem água, calçada é algo incompreensível. É uma extensão da varanda ou, em muitos casos, é a própria sala de visitas de algumas residências.

Andar ali em cima chega a irritar quem está sentado nas cadeiras de boteco, que deixa de saborear sua ociosidade para dar passagem aos transeuntes. As pessoas andam mesmo é pelo meio da rua, peitando os ônibus, com uma expressão arrogante no rosto, arrotando a frase: “Deixa. Ele né nem doido de passar por cima. Eu tô nur meu direito!” Se o motorista agoniado tocar a buzina, recebe um olhar de desprezo e um punho cerrado, com o dedo médio em riste, na forma de um cotoco.

A pobre da Dona Mercedes, atraída pelo apelo publicitário: A Amazônia é nossa, veio cá buscar seu pedaço. Depois de mais de meio século convivendo com o trânsito carioca de milhares de veículos e de pedestres, com regras e leis aprendidas desde o pós-guerra, da época do Ford bigode à do Jeep marciano vem danar-se em terra de Galvez, onde só há poucos anos se passou a tirar carteira de motorista legalmente. A propósito, o nosso vereador veranista, findo em Fortaleza, apesar de estacionar três automóveis em sua casa, nunca ostentou o tal documento.

*Jornalista e pedestre

quarta-feira, 21 de março de 2007

C'est Jolie!


É tão lindo, né? Primeiro eles vão lá, com uma ruma de soldados, sentam a pua, metem bala e bomba no povo, depois vão como artistas bonzinhos e solidários pra adotar os órfãos da destruição e miséria que proporcionam. Dizem que até cobram fortunas para deixar abutres da imprensa sensacionalista mostrarem suas novas "aquisições". C'est la vie.

Portfolio - Face

sexta-feira, 16 de março de 2007

Ó o mêi!

Lula deu mais um "naique" (um "lava!", um "sai fora!", um "ó o mêi") nos seus correligionários Jorge Viana e Henrique Fontana. Walfrido Mares Guia (PTB) foi o escolhido para o Ministério das Relações Institucionais.

Currículos

Segundo o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, dito ao jornalista Altino Machado, publicado hoje no http://altino.blogspot.com/, dois nomes petistas pesam sobre a escrivaninha do presidente Lula para encabeçar a Secretaria de Relações Institucionais: O ex-governador do Acre Jorge Viana e o deputado Henrique Fontana do Rio Grande do Sul.

Analisando currículos:

Fontana votou contra o reajuste de 5% do ganho dos aposentados e foi a favor do aumento de 30% do “parco” ordenado dos deputados. Viana é amigo de Chico Mendes, Marina Silva e do presidente Lula. Levou às barras da Justiça esquadrões de assassinos, dissolveu grupos de políticos corruptos e transformou seu estado em um exemplo de beleza e moralidade para o país inteiro.

Não tem nem o que pensar, depois das escolhas de Lula esta semana: Vai dar...

quarta-feira, 14 de março de 2007

"Novos" ministros

Já viram o novo VT do Greenpeace?


Institucional de 60 segundos criado pela AlmapBBDO para o Greenpeace, com o título “Mudança” mostra algumas tragédias geradas por conta das mudanças climáticas do planeta. A música "My Way", de Frank Sinatra, embala as imagens de imapcto. Ao final, um lettering completa: “Lembra quando sua geração sonhava em mudar o mundo?”, seguido da resposta “Parabéns, vocês conseguiram”. Veja aqui o filme http://www.ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=23924#bottom

quinta-feira, 8 de março de 2007

Meu amigo Elson Dantas

O meu grande amigo Elson Dantas escreveu pra mim:


Por favor, não importune. Eu lá quero saber se você tem um blog onde escreve suas besteiras; Pensei que estávamos livre de sua peçonhenta figura, como você assim o prometeu. Não mande mais e-mail para meu endereço. Faça como eu fiz em relação a sua pessoa. Me esqueça! Quer preencher o tempo ocioso? Arranje uma lavagem de roupa; Ingresse numa desssas quadrilhas que existem aí nos morros da cidade. Empreenda no ramo do mesclado; Não posso perder tempo com seus devaneios. Tenho que me concentrar em coisas úteis, tipo arranjar dinheiro para pagar o salário dos funcionários. Aproveite o bom tempo que está fazendo aí no Rio de Janeiro e vá gastar na praia o dinheiro da tua mulher. Xô!!! Desencarna! Tchau para sempre!


Noffa! Pense num cabra que me quer bem! Ele já foi mais legal quando era solteiro e pobre...
Sabe, Elson, talvez o Viagra resolva seu problema. Pede pro cara tomar.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Praia cheia

Portfolio - Buriti

Stress


Daqui do meu conjugado, só vejo e sinto a violência e o medo quando ligo a TV ou dou um passar d'olhos nas manchetes dos jornais da banca do português. Aí, pra apagar o horror corro pro bar do Ceará e tomo um rabo-de-galo antes de almoçar quatro almôndegas com farofa Pinduca, ao molho de pimenta malagueta, duas rodelas de cebola e de tomate, sobre duas folhas de alface transgênico na pensão da Baiana e ainda dou boas risadas com o americano da locadora de vídeo.

Espero o farol ficar verde e atravesso a avenida rumo à areia. O vento com cheiro de mar e o reflexo do sol nas lentes dos meus óculos de quinze reais, da mão do praiano nem me fazem perceber a fumaça do transatlântico que, do horizonte cutuca a camada de ozônio. Na seqüência, afogo o stress (e que stress) em duas ou quatro Itaipava geladinhas, do meu isopor e nas águas frias do Atlântico. Volto pra casa pra tirar o sal.

O sal, taí um negocinho que me faz raiva! Enquanto eu não tiro a porra desse sal miserável do meu corpo, eu num sossego. E o sal mixado com suor de um calor equatoriano? Imagine que o sol daqui é quente. O sol mora aqui, tem até flat no Leblon. Fico puto mesmo é com o sal! Me destrambelho todo. Aí, nada presta.

No afã de estar sob o chuveiro de casa e tirar o sal das dobrinhas e do sovaco, nem percebo as rumas de bosta de cachorro pelo chão. Mas tem cachorro nesse caralho! Eu não odeio cachorro eu detesto é latido, pêlo, inhaca, baba e mordida de cachorro. Amo cachorro de filme que, além de não cagarem, não mijarem, não federem e não morderem a gente são heróis e ainda levam altos papos filosóficos com seus donos.

Logo, os pés à milanesa me tornam até mais alto. Pense num bate-pé sôfrego, agoniado no asfalto quente! E, no desespero de me livrar do grude acabo por imergi-los numa poça d’água qualquer quente, fervente, borbulhante! Oh, minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro! - Socorro, dona Ruth do quarto andar!

- O que foi isso, menino! Que cheiro horrível é esse?

- Ah, não vem a senhora também com reclamação não, que eu já tô estressado. Ai... Té mais ver, dona Ruth.

- Por aí não! Tem que entrar pelo portão dos banhistas. O senhor já sabe, não é senhor Braga. Tenha paciência...

- Ah, mas isso é um car... put que par... bucet...

- Olha a língua, senhor Braga! Ah, o Ceará do boteco deixou uma notinha aí no seu escanhinho. Disse pro senhor passar lá como sem falta, ainda hoje.

- Esse Ceará é um filho da p...

- Óóó...

- Tá, tá, dona Ruth. Brigado, dona Ruth!

Ô vidinha agoniada. Benza Deus!

Saco cheio de violência e más notícias


Existe um certo exagero tanto da violência no Rio, como da Imprensa brasileira que centraliza a pauta na tristeza, reverberando o medo e apagando o bom humor do carioca.