sábado, 22 de outubro de 2011

A ciência do metal

Mandei flores de plástico
Pra um coração motor
É só um cérebro mecânico
É uma cor, ação, sei não

É uma alminha de metal
Pode ser ferro, ouro, mercúrio
Banhada em ácido sulfúrico
Feita de carne virada em PVC

Tem unhas postiças de madeira
E dente de porcelana afiado
De concreto mesmo, não sei
Sei que ali tem ciência no amor.

O roadie (roude)

Roadie é como chamamos o contra-regra de shows musicais. Uma homenagem minha e do grande compositor Rodrigo Silva a seu pai, meu velho amigo Walter "Gurgel", que é muito mais que o roadie de sua banda. Logo, logo, quando o rock estiver pronto, eu vou fazer o lançamento mundial  aqui.


Tu que é o roadie?
O que puxa cabo
Leva choque
Ganha esporro

É tu que é soldado
Quebra queixo
Fura caixa
Perde a chave?

Quem ganha soldo?
É o roadie?

Querendo não
Querendo

Sobe o poste
Acende a luz

Chama o roadie

E quem faz isso
Tudo isso
que eu disse

Chama roadie

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Caricaturista Braga

Aí, galera! Tô criando caricaturas de quem me enviar a foto. Depois entrego a caricatura colorida, impressa numa camiseta branca. Quem quer? Custa só 50 merréis, mais despesas de envio. Veja quem já foi chafurdado à lápis pelo velho cartunista Braga.





sábado, 1 de outubro de 2011

Moeda antiga

A juventude saiu de mim
Nem quer mais chegar
Perto de mim. Ela é assim

Ela tende a se afastar
Vem e vai sem que a gente
Perceba que ela veio e foi

Deixa lembrança, somente
Nada mais tem a deixar
Espera aí! Escuta! Ei! Oi!

Não ouve nada, nem ninguém
Pra ela, não tem nada ruim
Tão ligeira, a juventude voa

Vai embora. Aí a velhice vem
A moeda do jogo não perdoa
Cara no início, coroa no fim

Quente

Ruge, ronca, arrepia-se a cratera
Estremece, escarra fogo o Krakatoa
Funga fumo de enxofre e lava assoa...
Sente frio quem outrora quente era

No confronto com maior quentura
Seu ardor se amofina, grau a grau
Produz um estalactítico frio glacial
E apaga, bolha a bolha sua fervura

E sem calor, se tremem as pernas
Mesmo aqueles quem não as têm
Sentem as pernas também tremer

E aquela, a caverna das cavernas,
Adormece em um sono de neném
Assim que faz o vulcão adormecer

Tatuagens