sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Piquenique no front

Estréia no próximo dia 7 de fevereiro, uma produção da Cia. Visse & Versa, o espetáculo Piquenique do Front, do espanhol Fernando Arrabal. A peça traz no elenco o talento de grandes nomes do Teatro acreano como Lenine Alencar e Cláudia Toledo. No comando, o diretor manauara, Nonato Tavares. Tudo acontece no Teatrão, às 20:30. Vá ao teatro, mas não me chame, porque eu já tô lá!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Adeus, amiga

Perdemos a Julinha hoje. Beijo amiga, a gente vai ficar com teu sorriso pra sempre na lembrança.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Professor Bené escreve

Complicar não custa nada
Beneilton Damasceno*
À exceção de um tímido lembrete de trinta e dois caracteres deixado na mesa do editor-chefe do Página 20 sábado, é a primeira vez que ultrapasso uma linha para (suponho) me comunicar com alguém tendo o cuidado de acatar a nova ortografia do país, que passou a valer depois dos últimos fogos do réveillon.
Minha aparente tranqüilidade (perdão, agora é “tranquilidade”, pois a figura do trema foi sumariamente banida da língua tropical) como escrevinhador e revisor virou um pandemônio. Para começo de conversa, o corretor automático do computador não pára (o certo é “para”) de me chamar a atenção e sublinha tudo de vermelho. E mandou ontem, via e-mail, um recado que considero no mínimo insolente: somente o juiz ou autoridade similar vai fazê-lo mudar de idéia (que virou “ideia”) e engolir essas regrinhas mixurucas criadas por quem não tinha muito que fazer.
Por conta da bendita reforma, ontem de manhã tive uma discussão feia com o rapaz da farmácia onde compro fiado. Por telefone, reivindiquei um desconto na pomada de penicilina do estoque velho, já que o antiinflamatório agora ganhou um tracinho. O funcionário, como a maioria dos conterrâneos, refratário às mudanças na língua, veio com quatro pedras na mão. “Meu senhor, a Vigilância Sanitária desde quinta-feira proibiu a gente de comercializar esse medicamento. Só temos ‘anti-inflamatório’. Com hífen! Tente pela internet, talvez seja possível algum genérico no mercado negro. Ou ali em Cobija. Mais alguma coisa?”. Pam! Desligou.
Numa conhecida loja da cidade, ainda encontrei dois microondas modelo 2008, ultrapassados. Pena que já tinham placa de “vendidos”. Na fila, mais de cento e vinte pessoas torciam pela desistência de um dos compradores para poder dar o melhor lance. A vendedora fez questão de adiantar, porém, que o eletrodoméstico só tem garantia de quatro anos, findos os quais ele fica suscetível a todo tipo de defeito - do curto-circuito à ferrugem precoce. E aproveitou para exibir a nova linha de “micro-ondas” com controle remoto e manual de instruções totalmente de acordo com a nova ortografia.
Enquanto escrevo, acompanho num dos portais de notícia a revolta de uma famosa atriz global para manter incólume seu sobrenome. Se for obrigada a seguir a determinação oficial, a vetusta Marília Pêra vai ter que assinar Marília Pera. Ou então - que vergonha! - impetrar na Justiça um mandado de segurança, com pedido de liminar, e esperar, sabe-se Deus até quando, o julgamento do mérito no Supremo. Sorte dela é que a pronúncia da palavra, até que se crie outra lei, ficará mantida.
Puxando a discussão aqui para a terrinha, muita gente malhou à vontade o senador Tião Viana, responsável pela mudança do fuso horário do Acre e de algumas cidades da Amazônia. Houve até abaixo-assinado para que a lei, que entrou em vigor em junho do ano passado, fosse revogada. A justificativa dos inconformados era de que a população do Acre e dos municípios atingidos não havia sido consultada com antecedência. A malfadada idéia (repito: “ideia”), que virou inclusive mote na campanha eleitoral, felizmente não vingou. Se bem que em 2010 haverá eleição novamente...
Como o pau que bate em Chico bate em Francisco, seria coerente que a nação brasileira, em especial a família acreana, iniciasse uma movimentação de repúdio à mudança na língua escrita, essa sim, empurrada goela abaixo dos caras-pálidas do patropi sem qualquer referendo. Além do quê, trata-se de uma imposição que em nada vai beneficiar ou prejudicar os habitantes lusófonos do planeta. A reforma nada mais foi do que uma criação inócua, desnecessária e, sobretudo, dispendiosa para o Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e outras comunidades visitadas por Pedro Álvares Cabral e seus acólitos nos anos que seguiram a saga imperialista portuguesa em vários continentes.
No exato instante em que suo frio para fechar este último parágrafo, chega ao mural da redação uma portaria do comandante-em-chefe Elsinho Dantas. O teor do documento é dogmático: nenhum repórter, veterano ou novato, será penalizado financeiramente por infringir as normas gramaticais recém-instituídas. Em compensação, a cada três erros comprovados será descontado um dia da aposentadoria. Aí fica difícil, né, professor João Bosco?
*Jornalista

Entendeu ou quer que eu desenhe?

Artista britânica faz retratos com máquina de escrever

Retrato da atriz Nicole Kidman

Keira Rathbone tecla números e letras e usa os espaços em branco do papel para "desenhar" retratos e paisagens numa velha máquina de escrever. Além de retratar pessoas comuns, ela também criou retratos de celebridades, como Nicole Kidman, Kate Moss e Tom Hanks.
A artista leva até 90 horas para terminar alguns dos desenhos mais detalhados, como paisagens.
Ela começou a fazer os desenhos há cinco anos, quando comprou uma máquina de escrever antiga em um bazar.

"Ao invés de escrever, comecei a fazer desenhos com ela e não parei mais", disse a artista. Leia mais na Folha Online - BBC Brasil

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Blog do Vitor

Rapaz, aquelas correntes que te prometem o mundo e as capas do fundo e ameaçam você e sua família de tormentos terríveis caso ela seja quebrada, que proliferam nos nossos correios eletrônicos são mesmo um pé no saco. Mas esta, que eu chupei do blog do meu amigo Tião Vitor, editor-chefe do jornal Página 20 é muito boa e dá até pra enviar pros amigos sem medo de morrer.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tá danado!

Sujeito foi assaltado no carro, na rotatória da Av. Ceará (Rio Branco-Acre), em frente ao mercado da Estação Esperimental. Pense num assaltante ligeiro-bala!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Feliz ano novo!

Recebendo anjos
Luis Fernando Veríssimo*

Bons tempos, bons tempos, os bíblicos. Imagine receber um anjo hoje.
Um deles já pode ter estado com você, e você não o reconheceu. A função dele era aparecer e lhe dar a mensagem. A sua única obrigação era recebê-lo, mas você não soube que era ele. Você se afastou, achou que era um chato, ou um louco, falhou, azar. Pode ter sido há anos.
Aquele que caminhou ao seu lado brevemente e disse uma coisa estranha e você apressou o passo, lembra? Aquele (ou aquela, eles vêm de várias formas) que sentou ao seu lado e falou no tempo, e era um preâmbulo para a revelação, mas você fechou a cara.
Ele pode ter batido na sua porta e você foi logo dando uma esmola, ou dizendo que hoje não tem nada, ou ameaçando chamar a polícia. Antes era mais fácil, agora é tarde. Hoje ele bate na porta e você espia e não abre a porta, tá doido? Se ele se aproximar de você na rua, você correrá apavorado ou anunciará que está armado e que é melhor ele se afastar. Se ele se sentar ao seu lado, você fugirá do contágio, se ele segurar o seu braço, você gritará. Se ele telefonar, sua secretária eletrônica dirá para ele deixar a mensagem depois do bip e ele não dirá nada: a mensagem é para você e não para ela.
E se ele conseguir alcançar você sem que você lhe dê um pontapé, e cumprir sua função, e der a mensagem – você não a compreenderá. Pedirá para ele falar mais alto, há muito barulho. “O quê? Em que sentido? É uma metáfora? É um código? Interpreta, traduz, decifra, o quê?”
Agora é tarde. Antes ele olharia você nos olhos e falaria claramente. E, dada a mensagem, ele desapareceria, e o mundo seria uma estrada para o seu coração.
Hoje você diria – “olha, precisamos conversar com mais calma um dia, me liga! Me liga!”

*Extraído do Jornal do Brasil, de agosto de 1995