terça-feira, 20 de novembro de 2012


MAIS UM CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA

No julgamento do Bruno (aquele idiota, ex-goleiro do Flamengo que, juntamente com seus asseclas, igualmente imbecis, achando-se todo poderoso resolveu dar fim a uma de suas inúmeras periguetes), um levante de criaturas escrotas, midiáticas, atraídas pelas luzes destes tempos tenebrosos, fazendo barulho, levantando faixas, borbulham diante das câmeras sensacionalistas como a cobertura imunda de um fedorento pudim de merda.

De súbito espoca, por entre microfones, gravadores e câmeras de televisão uma dessas bolhas fétidas. Um boquirroto causídico placebo atira, feito pipoca a pombos, gaguejos e confusos fraseados desconexos à revoada faminta de abutres da imprensa. Advoga como acusador, em favor da vítima, cujo assassínio, à luz da Lei, não pode ser confirmado devido o corpo da pobre coitada “Maria-chuteira” não ter sido encontrado (sem vida) ainda.

Surge uma mulher que chora um estranho choro que não lacrimeja. Mulher de passado um tanto quanto obscuro (segundo a Imprensa teria abandonado a filha recém-nascida), detentora da guarda do milionário fruto do relacionamento do jogador com a periguete ergue-se como avó e mãe sofrida em busca de justiça. Os telejornais do horário nobre e os programas matutinos tornam-se expositores da excrescência humana.

Mais uma vez segundo a Imprensa, mais precisamente na fala de Ana Paula Padrão, apresentadora do Jornal da Record, o extremamente bem remunerado detento Bruno teria ganhado nos últimos dois anos cerca de dez milhões de reais, caso não estivesse em cana. Como goleiro do clube carioca, quando era ídolo da maior torcida do mundo, o colega do imperador Adriano recebia um ordenado de duzentos mil reais por mês.

Um maximbecil, ansioso pelos seus segundos de aparição midiática se “pregou” a uma cruz de gravetos e se posicionou na frente do fórum, digo, dos fleches. O pseudo ativista, já é figurinha carimbada nas capas e editorias da imprensa marrom e nas mídias eletrônicas. Não pode haver um julgamento de crime famoso, como os da menina Isabella Nardoni e da jovem Eloá Pimenta que esse palhaço aparece pra fazer a mesma presepada.

Uma manifestação feminista, mais oportunista do que verdadeira, contando com uma meia dúzia de gatos pingados também busca o foco dos fotógrafos e cinegrafistas de plantão, diante do fórum de Contagem, Minas Gerais, onde acontece o julgamento que promete ser um dos mais badalados e rentáveis da história da mídia brasileira.

Se haverá justiça ou não, pouco importa. O que vale mesmo é a exposição do degredo dos seres humanos e os inúmeros pontos de audiência. Os patrocinadores agradecem e querem mais, muito mais.

Meu grande amigo Antônio di Alcântara se foi para sempre. Ficam suas milhares de fotografias que, espero sejam reunidas em uma grande exposição em homenagem a esse sensacional artista acreano (apesar de ter nascido em Salvador, na Bahia). Ficam também a saudade e as lembranças de suas histórias e aventuras hilariantes.
Beijo, amigo Antônio, que viva eternamente com Deus!