sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Currículo

Gosto de Geografia,
Quer ver?
Uma de cór, que agora vei-me:
A capital de Suriname,
Mar agora, esqueci o name.

Como vê, arranho Inglês,
Francês, Mandarim,
Enfim...
Ah, sim e Japonês.
Tenho dificuldade é com Português.

Sou auto-didata.
Estudar estudei.
Faça a pergunta
Que responderei.
Se não,
Me lascarei.

Já buli com Teatro,
Diagramação de jornal,
Publicidade, Propaganda
E Dança Moderna. Que tal?

Escrevi livro, veja só!
Um, muito ruim
E outro muito pior.

Fiz também artesanato
E palhaçada em aniversário.
Raiva a padre chato,
Na missa vendendo rosário.

E graças a Nosso Senhor,
Fiz coisas que nem me lembro,
Até imitar meu redentor
Nascendo no mês de dezembro.

Sou fã de Roberto e Wandeca.
Se tiver festa, tou dentro
Fazendo aquela moqueca,
Com dendê, leite de côco e coentro.

Faço rima rica e prosa.
Faço até rima miserável.
Sou filho de Dona Rosa.
Sou filho do Seu Otávio.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Naufrágios


Dois naufrágios marcaram os últimos dias no Brasil. O primeiro, em Tocantins, matou afogado o grande humorista Arnaud Rodrigues. O segundo, a 300 milhas da costa brasileira, fez soçobrar uma belíssima embarcação canadense com uma ruma de estudantes dentro. Todos sobreviveram e, resgatados pela Marinha, foram levados de helicóptero para o Rio de Janeiro. Espero que, de lá voltem todos vivos para casa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Acabou-se tudo


Órfãos do Bigode
Márcio Chocorosqui

É o fim de uma era. O nosso ponto de encontro, o Bar do Bigode, localizado no centro da capital Rio Branco, não está mais com suas portas abertas. Uso esse eufemismo porque me recuso a dizer a palavra fechou (opa! falei). O bar morreu, mas seu proprietário, com a graça de Deus, está bem vivo. O Francisco Carlos, bom e velho Bigode, virou marajá (lembram dessa palavra? muito em moda na época de Collor). E foi no tempo desse ex-presidente que ele foi demitido da Eletronorte, ilegalmente. Até que, nos dias de hoje, mandaram-lhe novamente ao “trabalho”. Quer dizer, readmitiram-no. Culpa do barbudão de lá — o Lula lá.
Ao vislumbrar que ganharia um salário de marajá, o Bigode vai e fecha o bar, deixando para trás uma legião de órfãos. O Manuel, agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, quase que diariamente saía do trabalho e ia curtir o happy-hour no Bigas. Quando o bar fechou, passou uns dias vagando pelas cercanias, sem saber o que fazer. O professor Bosco confessa que até chorou. O Wagner “Zé do Limão” viajou para esquecer a tristeza. Imagino o que tantos outros fregueses assíduos estejam passando. Em que bares estarão andando o Cocada, o Adal “Cara-de-Onça”, o Mucura, o Dias, o Homem de Nazaré, o Danilo de S'Acre, o Álamo Kário?...
Sei que, um sábado desses, encontrei o Abel, o Tonhão, o Gustavo “Tarzã”, o Gato Rom-Rom, o Dote “Coalhada”, os professores Sandro e Bosco no bar do Gel (o Gel do Seu Chiquinho). Foi aí que um pensamento piegas percorreu-me o espírito: quando uma porta se lhe fecha, abrir-se-lhe-ão sempre outras (assim mesmo, gastando a mesóclise, pois essas reflexões vêm geralmente em tom epopeico).
Sinto dizer: o Bar do Bigode fechou. Tem nada não. Já fomos órfãos de tantos outros bares. Mas esse deixou profundas marcas em nossas histórias. Talvez seja um símbolo das mudanças que ocorrem em nossas vidas. Devemos acatá-las com ternura, porque o tempo é mesmo deste jeito: cíclico. Não iremos medir o tempo em “antes do Bar do Bigode” e “depois do Bar do Bigode”. As tempestades passam, retornam depois e assim vai. Que este seja o marco de outra era de realizações etílicas. Sempre haverá uma luz nos direcionando para um mar aberto de belas e novas possibilidades. Parece que os sinais da mudança estão impregnando os ares.

* A arte acima foi feita por Francisco Braga para celebrar o “Xarope do Semestre”, eleição que ocorria no Bar do Bigode. O retratado é o próprio dono do bar, com todo carinho.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pedro Otávio, meu filho

Super orgulhoso. Meu filho Pedro Otávio Paiva Braga (pense num nome boça!l) foi o único acreano, de Rio Branco a passar na seleção para bolsa de estudos do SESC -Rio, onde vai cursar o ensino médio profissionalizante. É o fraco! Puxou a mãe.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Novas cédulas

E para diminuir e dificultar as falsificações de dinheiro no país, o Banco Central vai lançar as novas cédulas de real.
Design modernizado, tamanhos diferenciados, verniz especial "pega-falsário"... enfim, alta tecnologia aplicada à proteção do nosso rico dinheirinho.
Rico sim, porque com todas essa parafernália high tech, uma nota de 1 real vai sair aí por uns 250, mas vai ficar uma lindeza, né mermo?
O poder de compra? É claro que vai ficar menor também, ora mais!