terça-feira, 29 de maio de 2012

Coceira


Ai, que angústia infinita de mim se apossa!
Pra que passe, peço a Deus de mãos postas
Tal é o indesejável lugar que, nas costas
Longe do dedo hirto, só bem ali é que coça

Para se coçar tal coceira de difícil acesso
A gente tem que dobrar para trás o braço
Por vezes roçar pelas paredes o espinhaço
Ou se munir de engenhocas nesse processo

Eu costumo usar uma escovinha de cabelo
Mas me valho, às vezes, além dum graveto,
De uma caneta, uma régua e até um espeto
O que der pra fazer pra coçar, vou fazê-lo

Mas é deprimente e irritante esta coceira!
Porque ela só surge onde não chega unha?
Que só sossega na fina ponta de uma cunha
Que persiste e perdura por uma vida inteira

Me armo de arame amarrado com elástico
Antena de rádio, quina de porta, vassoura
Me coço até com perigosa ponta de tesoura
E uma haste com uma mãozinha de plástico

Quando sinto que Deus ouviu minha prece
Me espreguiço, bocejo, relaxo, me recosto
Querendo me entregar ao que mais gosto
Adivinha o quê, de repente me acontece?

Depois de tudo que fiz pras costas coçar
Tenho que de novo sair de cima da cama
A velha angústia mais uma vez me chama
Numa vontade arrebatadora de ir mijar.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cadê?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fazendo filme

Mais uma foto do making off de Amor em Pedaços, curta metragem dos alunos do curso de Cinema da Usina de Arte, em Rio Branco Acre.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Aranhas voadoras

Em abril de 2007, o fotógrafo argentino Christian Gaona, de passeio pela Montanha de São Bernardo, na Província de Salta, se deu conta que o terreno pelo qual caminhava estava forrado de aranhas. Quando olhou para cima, percebeu que elas, na verdade, estavam caindo do céu. A foto acima é de autoria de Christian e, embora a razão de estar chovendo aranhas ainda seja um mistério, mas a teoria mais aceita é de que os bichinhos, que são bem leves, foram transportados por um tornado.

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tô doido pra ver

Espetáculo Frida Kahlo estreia em Rio Branco



JAIDESSON PERES

Estreia no dia 16 de maio, no Teatro Plácido de Castro, o espetáculo Frida Kahlo. O projeto foi aprovado pela Lei Rouanet e recebeu o Prêmio de Teatro Miryan Muniz, da Fundação Nacional de Artes (Funarte). A montagem é uma produção da Companhia Garotas Marotas e do Grupo Teatro de Los Andes- uma inédita parceria entre o teatro do Acre e o da Bolívia – e recebe o patrocínio da Recol Veículos.

A Garotas Marotas é uma recente companhia formada por duas acreanas, as atrizes e produtoras Clarisse Baptista e Marineide Maia. Da Bolívia, o Grupo Teatro de Los Andes, um dos grupos mais importantes da América Latina. Além dos produtores, a equipe conta com o trabalho de outros brasileiros: os mineiros Juarez Dias, na dramaturgia, e Ed Andrade, na cenografia, além do carioca Rodrigo Cohen, que assina o figurino.


A interpretação é de Clarisse Baptista e Antonio Santoro, jovem ator italiano. Segundo a produtora Marineide Maia, “esse feliz encontro, de pessoas diferentes e de lugares tão distantes, é o resultado de muitos outros encontros anteriores, ocorridos em festivais, oficinas e trabalhos diversos”. “Todos se reunindo em torno da ideia de falar de uma mulher extraordinária, a pintora mexicana Frida Kahlo”, destaca.


Desde julho do ano passado, os grupos se encontram em períodos intensivos de trabalho, para poder conciliar as agendas de todos. O Teatro de Los Andes, sediado em Yotala, na Bolívia, é o responsável pela encenação, direção musical, direção geral e cenografia. Seus integrantes, Giampaolo Nalli, Alice Guimarães, Gonzalo Callejas e Lucas Achirico, estão em Rio Branco preparando o espetáculo, que fica em cartaz até junho na capital acriana e deve excursionar por outras cidades do Brasil ainda em 2012.

* Clarisse Baptista é uma grande atriz acriana, de quem sou fã. Faz por aí, uns cinco anos que me falou de seu projeto Frida. Veja como é difícil e demorado realizar arte de qualidade no Brasil. Tenho certeza absoluta de que será um grande sucesso. Meu aplauso antecipado para minha amiga Clarrise.
                                                                                                                                                       FRANCISCO BRAGA, jornalista