sexta-feira, 23 de julho de 2010

Carapanã encheu, voou


Esse novo jingle da prefeitura de Rio Branco (“Foi Deus que me deu este lugar...”), não sai da minha cabeça. Pense numa musiquinha que pega a gente! Depois daqueles aedes aegypti falantes, da campanha de combate à dengue, esse é o VT institucional mais chato já criado pela CIA de Selva, agência detentora da conta publicitária municipal. Tomara que comece logo a propaganda eleitoral, pra gente ouvir coisas mais agradáveis e criativas. É bom lembrar que os mosquitos falantes voaram da mídia, mas os picantes, transmissores de uma ruma de doenças, além da dengue, continuam zunindo pelo ar.

Eu sou cristão

Eu sou cristão. Não católico, não protestante. Pecador. Creio que Deus sacrificou seu único filho, para que todo humano soubesse que é assim que Ele age, que é desse jeito que Ele quer que as coisas sejam. Eu creio no que está escrito na Bíblia. Adão e Eva, Noé e Matusalém, Daniel e os leões, Davi e Golias e na conceição imaculada. No livre arbítrio e no pecado. Nas árvores do Conhecimento e da Vida Eterna.

Não pergunte para mim porque que eu, logo eu, digo que sou cristão. Eu nunca li a Bíblia desde o primeiro livro, o Gênesis, até o último, o Apocalipse. Nunca decorei qualquer salmo de Salomão ou de Davi. Abomino atitudes belicistas em nome de Deus, sacerdotes assassinos e pedófilos e milagreiros manipuladores da fé. Eu creio que Deus esteve entre nós, na forma humana de Jesus Cristo. Entregou-se à morte para vencê-la e ressuscitar.

Claro que eu digo que sou cristão porque ouvi e li e acreditei na história de Jesus Cristo. No homem que morreu crucificado e que sua vida e sua morte faziam parte de um plano de Deus para nos redimir de nossos pecados. Creio em Deus, criador de todas as coisas e que ele me ama. Conheço, portanto sei que, quando estiver diante Dele, não terei como argumentar a meu favor, para escapar de Seu veredito.

Homens como Abraão, Mao Tse-Tung, Hitler, Che Guevara, Getúlio Vargas, Karl Marx, Massaharu Tanigushi, Buda, Kennedy, Ramses, Khomeini, Deng Xiaoping, Churchill, George Washington, Kubitschek, Cristóvão Colombo, Neil Armstrong, Napoleão Bonaparte, Gorbatchev, Isaac Newton, Einstein, Nicolau Machiavel e muitos outros também tiveram conhecimento de Deus. E usaram do livre arbítrio que lhes foi dado. E formaram suas opiniões.

Beijo no sapo

Esperei tanto esse beijo!
- Disse inda tonto, o sapo,
Por detrás do guardanapo,
Tenaz em cobrir seu aleijo.

Timidamente feliz, ele riu.
O adonte, batráquio anuro,
Outrora, descrente, inseguro
Agora, desnudo dançante no frio.

Fugaz, tão fugaz é a beleza.
Perdura por uma só juventude.
Veloz, atrevida e imatura

Com lábios, tais quais de princesa,
Num átimo, em audaz atitude,
Desmancha com beijo, feiúra.

Pedro Otávio Paiva Braga

Escrevi para meu filho, pelo seu aniversário. Publico agora.


Cara, eu tenho orgulho de ti, ó?! Porque tu existe e é o que é, eu vou sempre saber que acertei em algo nessa minha vidinha medíocre! Tu é meu! Tô contigo e não abro! E quem bolir contigo, boliu comigo. Morro, mas tu não. Apanho por ti, me lasco por ti. Nunca duvide disso!

É, neguim! Tu tá aqui, ó! Aqui, na minha veia! Aqui no meu peito, na minha mente, nos meus dedos, no meu olho, na minha mira, na minha venta, no meu choro, no meu beijo. No meu pulso. Nos meus sonhos...

Nos sonhos em que tu sempre estiveste desde o tempo em que eu nem sabia quem era tu. Quando eu simplesmente sonhava contigo. Quando eu ainda achava que sonho não se realizava. Tu tá aqui! Tatuado pra sempre na pele mais fina do meu coração.

Mas, Deus, em sua infinita sabedoria, autor de tudo que tu venha imaginar, inventor do bom humor, da alegria, do prazer e da saia justa, me criou e criou também a tua mãe. Pois é! E... parará, parará... Criou tu também.

E, por mais que o meu livre arbítrio questione Suas invencionices, tipo esse negócio de “eu te amo!”, posso fazer o quê, né, meu filho?! Vou bem eu peitar o Criador, né não?!
Eu mermo, hein!

Pois é... Então... Feliz aniversário!

Eu te amo!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Silêncio

Não ria assim, como a pouco ria.
Não ria assim com sarcasmo e dolo
Pois fechados os lábios, até os do tolo,
Transmitem admirável sabedoria.

Olhe e aprenda com a cabeça dos sábios
Duas grandes orelhas atentas eles tem
Dois olhos que veem o que não vê ninguém
E, abaixo de um nariz, discretos dois lábios

Quando, entre os sábios manter-se assim
Vendo, ouvindo, prestando atenção
Deles ganhará respeito e amarão você

Até te arguirão com perguntas sem fim
E satisfeitos, eles certamente ficarão
Se calado, ignorante, você não responder.