domingo, 24 de abril de 2011

Ausência presente

Estranhamente, nenhum convidado compareceu
Na espetacular comemoração do homem rico
Tanto mais penso nisso, mais encafifado fico.
Como isso foi possível? O que foi que aconteceu?

Muito mais esquisita foi a reação do milionário
Que sorria serenamente, no assoalho relaxado
Não chorou porque, em seu festejo malfadado,
Ganhou um presente, no dia do seu aniversário

Era uma mensagem enviada ao seu celular
Que tilintava os vitrais das janelas na grade
Com a canção, tradicionalmente repetida

Aquela que a gente é acostumado a cantar
Sem querer mesmo cantar, sem vontade
Batendo mão, sem ritmo, sem dó, sem vida

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