segunda-feira, 11 de junho de 2007

A Natureza não tá nem aí

Em Muscat, capital de Omã, o cilcone Gonu deixou cerca de 32 pessoas mortas e aproximadamente 30 desaparecidas atingindo vários países do Golfo Pérsico. Na foto, estacionamento de uma loja de automóveis depois da passagem do vendaval (Foto: Mohammed Mahjoub/AFP)

Vez por outra, escuto pessoas falando de forma apocalíptica: “A Terra pede socorro!”, “O planeta está morrendo!”. Qual o quê! Mania que o ser humano tem de se achar! Num momento pensa que pode destruir o planeta, noutro se acha capaz de consertar o que quebrou. Só quer ser o supra-sumo, a cocada preta do Universo.

Só porque foi criado à Sua imagem e semelhança, o homem acha que é a expressão exata de Deus. A Natureza, esta sim, com suas regras imutáveis, sem desviar um milímetro, vai em frente cumprindo suas infinitas funções, que no fundo têm o objetivo de mostrar O Criador em todo seu esplendor e majestade.

A Natureza não espera por nada não, ela simplesmente age. Se tem sede, toma a água que emprestou pra gente estragar e seca o rio Amazonas e derrete as geleiras da Cordilheira dos Andes. Se quer ar, explode o Kilauea, no Hawai, liberando toneladas do magma que vai virar terreno fértil para o surgimento natural de vegetação, para a criação de oxigênio. O ser humano não precisa estar lá pra ver e crer, isso vai acontecer.

Irônica, como o ser humano gostaria de ser, para aplacar seu aquecimento global, cria um ciclone que os “espertos” cientistas chamaram de Gonu. Esse pequeno vento forte, assobiando nos desertos do Oriente Médio, trouxe chuvas torrenciais, alagou ruas e assustou os habitantes de Muskat, capital de Omã que fugiram apavorados com as ondas de oito metros de altura que impediram navios petroleiros de sair e de chegar. A Natureza atinge aonde o homem sente mais dor.

G 8, Protocolo de Kioto, Rio 10 mil e vôte, nenhuma reunião ou movimento dos homens vai impedir ou alterar qualquer fato natural. A gente tem que se mancar e aceitar que somos parte disso, que era imprescindível que nós existíssemos para abrir a camada de ozônio, queimando as florestas, gerando lixo tóxico (para nós, diga-se de passagem) e deixar o curso da vida prosseguir. A Natureza tem algo maior para gerar a partir de nós, que não estaremos lá para ver nem meter o bedelho.

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