Rio, cidade de lugares inesquecíveis como o Bar Getúlio: "Um chopp na pressão, senão me mato!", últimas palavras de Getúlio Vargas antes do suicídio. Será que o chopp estava quente? Creio que não, a chapa é que tava quente pro presidente naquele dia.
Corcovado. Que azar, o taxista era vascaindo! Vais caindo meeeesmo! O sofredor, parece que foi preso dois dias depois. Tava envolvido em mais uma mutreta carioca. Até que foi um bom guia turístico... Agora atrás da grades. Só falta o Eurico.
Copacabana, "princesinha do mar". Hum, a Garota de Ipanema... Ainda tive a sorte de saber, de fora do bar, na Rua Vinícius de Moraes, onde toda essa história começou.
Rua do Catete, 24 horas. Quando as lojas fecham, as calçadas abrem. Tem de tudo, do beiju no isopor, ao dvd pirata com filmes que ainda nem chegaram ao cinema, passando por redes cearences, estendidas nas árvores, flores, cães (como se gosta deles!), brinquedos, frutas, roupas, quadras e quadras do comércio informal. É preciso lutar muito para sobreviver nessa cidade e uma cervejinha pra relaxar.
Mas, tudo isso eu já sabia que iria encontrar, até a vitória do meu Mengão. Me falaram muito, antes da viagem, em balas perdidas (ou encontradas), seqüestros (seqüestrar professor é a mesma coisa que seqüestrar a própria sogra), assaltos... Não vi nada disso. Benza Deus! Não digo que não exista, claro que existe, todo cuidado é pouco e, como dizia o saudoso Bezerra da Silva: "Malandro é malandro e mané é mané!" Se der sopa, maluco, tu dança! Aprendi até gíria carioca, imagina se ficasse mais tempo!
Tem as coisas feias do Rio, sim, que a gente também não esquece. Mães dormindo com seus filhos na maioria das calçadas. Crianças, tarde da noite vendendo bugigangas nas ruas. Muito moleque mendigando e assaltando. Mas isso eu vejo todo dia
Não posso deixar de falar nos artistas de praia, nos grandes escultores da areia. Natureza viva, muita criatividade e paciência. Pois bem, quatro dias de grandes momentos e muitas emoções, até mesmo a biografia não-autorizada do rei Roberto Carlos estava sendo vendida no calçadão de Copacabana. “É dez real! Olhaí! Dez real!Fazia tempo que não me divertia tanto. A cada chopp, a cada mergulho no mar, cada piada contada pelo Braga, pelo Anderson, pela Soraya, cada taxista cearense que encontrávamos (ô cidade de nordestino da porra!), cada gol e cada pênalti convertido pelo meu Mengão, no Maracanã me fizeram, a partir de então um urubu registrado e batizado neste palco que se chama Rio de Janeiro.
3 comentários:
Velho ficou bão de mais cara, só faltou uma fotinha daquela calçada do catete, muito bom, muito bom.
O Sandro fez uma crônica muito sincera sobre as impressões que teve no Rio. Um belo e lírico texto, provando que professor de matemática pode esquecer um pouco os números e se aventurar nas letras. E se deu bem. Valeu Sandro!
O professor Sandro deveria tomar gosto e continuar nos brindando com suas impressões desse mundo "véi" que a gente "veve".
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