quarta-feira, 20 de março de 2013

Palavras


Quando eu achava que sabia descrever imagens que havia visto in loco, em filmes, fotografias ou obras de arte, eu não sabia realmente o que via, até que te vi. E foi assim como um novo abrir d’olhos. Meu olhar renovou-se, como a visão de um recém-nascido, o qual foi dado à luz de um novo mundo.

E saído da escuridão que estava vi tal luz cintilante. Esta luz que vem de você. Deste então tento te descrever, maravilhado como um navegante que encontra o que buscava em mares desconhecidos. Como um aprendiz de escriba de cartas, tento explicar e narrar o que foi e o que é ter te visto, assim tão desconcertantemente sem palavras, tão cheio de emoções que não consigo descrever.

Busco por muito mais milhões de outras palavras que não sei pronunciar, por não conhecê-las e que talvez nunca tenham sido escritas, pois que sequer existam.

Quem sabe, em algum momento, sem esforço, sem pretensão, suavemente eu possa encontrar ou inventar tais palavras que descrevam fielmente o que senti e sinto ao olhar, e não conseguir parar mais de olhar para você.

Nenhum comentário: