Não ria assim, como a pouco ria.
Não ria assim com sarcasmo e dolo
Pois fechados os lábios, até os do tolo,
Transmitem admirável sabedoria.
Olhe e aprenda com a cabeça dos sábios
Duas grandes orelhas atentas eles tem
Dois olhos que veem o que não vê ninguém
E, abaixo de um nariz, discretos dois lábios
Quando, entre os sábios manter-se assim
Vendo, ouvindo, prestando atenção
Deles ganhará respeito e amarão você
Até te arguirão com perguntas sem fim
E satisfeitos, eles certamente ficarão
Se calado, ignorante, você não responder.
2 comentários:
Nova ortografia: veem, arguirão.
Gostei do soneto.
Valeu, Chocker, meu revisor predileto!
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