terça-feira, 2 de junho de 2009

Drumond

Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo

de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo

que me fizeste ontem. A noite era quente e calma e eu estava em minha

cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo

sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha

aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem

escrúpulos. Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci. Hoje quando

acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu

corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu

durante a noite. Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama te

esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te

apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir

sair o sangue quente do seu corpo. Só assim, livrar-me-ei de ti,

pernilongo Filho da Puta!

4 comentários:

Márcio Chocorosqui disse...

Puts! Que frustração. Eu esperava um final mais caliente. Mas era só um carapanã. Eis aí...

GiselleXL disse...

Literatura!

Sandro Ricardo disse...

fala essa na próxima reunião de buteco quero ver o Tonhão dizer que tu só sabes aquela

Golby disse...

E eu que pensei que tu tinha usado o Drummond pra declarar implicitamente um amor desesperado...Beijo.