Outro dia eu falei mal do Sérgio Souto. Falei sim, num nego! Tava puto com ele! Mas esse puto resolveu escrever de novo. Eu tava puto com ele sim! Cobrei dele! Cobrei sua velha poesia. Aí ele veio com uma poesia nova. A sua velha poesia. A sua vida.
NEM MORTO
Sergio Souto
Vou armar um barraco e tanto
Provocar a maior confusão
Sem essa de levar a minha vida
No momento mais feliz de uma paixão.
Diga lá que eu não vou nem amarrado
Dispensa o padre e os convidados
Que o cortejo não sai não.
Eu sei que o povo vai entender
Que eu não pedi pra morrer
Veja que situação.
Tenho alergia a flores e a cheiro de velas
Eu me recuso a deitar num caixão
Detesto gente chorando ao meu lado
Que coisa mais sem graça e sem razão.
Partirei contrariado outro dia
Mesmo quando for a minha hora
Mas hoje eu não vou nem morto
Cancela esse enterro agora!!
NEM MORTO
Sergio Souto
Vou armar um barraco e tanto
Provocar a maior confusão
Sem essa de levar a minha vida
No momento mais feliz de uma paixão.
Diga lá que eu não vou nem amarrado
Dispensa o padre e os convidados
Que o cortejo não sai não.
Eu sei que o povo vai entender
Que eu não pedi pra morrer
Veja que situação.
Tenho alergia a flores e a cheiro de velas
Eu me recuso a deitar num caixão
Detesto gente chorando ao meu lado
Que coisa mais sem graça e sem razão.
Partirei contrariado outro dia
Mesmo quando for a minha hora
Mas hoje eu não vou nem morto
Cancela esse enterro agora!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário