quarta-feira, 20 de julho de 2011

Degradê

Das entranhas de meu lápis
O fio pontiagudo se desgasta
Na feitura da arte se arrasta
Se oferece, sem ônus, grátis

Nas texturas, se desmancha
E cintila em seu ton sur ton
Até fixar-se no papier cansón
Em hachura, traço, mancha

Impresso sobre papel sulfite
Não sucumbe sob a borracha
Resiste ainda, sob o nanquim

Desenho feito de bom grafite
Nem quando a têmpera racha
Não descasca e não tem fim

2 comentários:

Anônimo disse...

Silvio Margarido comentou

descambas para um parnasianismo demodê...

Cartunista Braga disse...

(Degradê, demodê) Tu tá querendo fazer rima ou apenas pleonasmo?