domingo, 15 de agosto de 2010

Babanacã

Fiquei gaguejando no afã
De encontrar a palavra certa
Aspergindo boa baba na cã
brotada abaixo da boca aberta.

Sem graça, patético eu ri.
Não disse nada. Perdi a idéia.
Travado, trincado eu tremi...
Me apavorei com a platéia.

Eu que me achava o tal.
Orgulhoso, arrogante, superior
Levei uma surra de pau,
Aprendi o que diabo era dor.

Sem ver o que era evidente,
Quis ser isso e aquilo
Falastrão, boçal, inconveniente,
Chato que nem um grilo.

Oh, noite de aprendizado!
Confesso, gostei da peia.
Agora sei que calado,
Abestado não se aperreia.

2 comentários:

JAIRO PERIAFRICANIA disse...

Parabéns guerreiro! Muito bom, muito bom! Foi loko nosso micro sarau... gigante na simplicidade!
Abçs

Cartunista Braga disse...

Grande poeta! Este poema surgiu logo depois do micro sarau. Você e Danah me inspiraram. É para vocês. Abraço do velho aprendiz.