segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A viagem do Fé

Morreu às 10h da manhã deste domingo, dia 9, aos 59 anos de idade o jornalista Pheyndews Evangelista de Carvalho, conhecido popularmente como “Fé em Deus”. Ele sofria de inflamação aguda do pâncreas e estava internado no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, desde sábado, quando foi acometido de uma forte crise. Uma súbita arritmia cardíaca interrompeu a sua vida e gerou uma saudade sem tamanho na gente. O Fé foi um grande amigo, trabalhamos juntos em duas oportunidades o que firmou nossa amizade para sempre. Altamente inteligente e espirituoso, o velho Pheyndews por suas inúmeras aventuras empreendedoras como uma fábrica de brinquedos de jardins, feitos de madeira e sua entrega de lanches em domicílio chamada NhacDonalds (que nunca saiu do papel) chegou a ser chamado de Professor Pardal do Acre quando lançou até foguete em uma dessas experiências. Ê saudade Pheyndews. Mais

3 comentários:

Anônimo disse...

Braga, irmão;

o dia hoje está de lascar. Saber que a gente não vai mais poder contar com a a alegria incessante do Fé nos torna ainda mais pobres e mais tristes. Aquela do Nhacdonald é a máxima da genialidade infantil e mordaz do Fé. Dele acabo de lembrar uma ótima: ele botocu na cabeça que aquelas buchas de cabacinha,uma espécie de coité, uma vez secas e curtidas, seriam bom remédio para tratamento de pele e energização da alma. Bastava o cara se ensaboar com aquilo no banho e tudo de ruim ia embora, das perebas à penema, dizia. E ele se pôs a estocar as tais buchas em casa. Ocorre que aquilo seco é altamente inflamável. E a Marinete, desavisada, foi fumar seu cigarrinho no local onde havia o estoque das "esponjas naturais" e deu-se que caiu, do cigarro da Marinete, algum tipo de, digamos assim, fagulha de brasa e, claro, acabou tudo em incêndio. E ele nos contava isso rindo... Outra: nunca vou esquecer do dia em que, ao contrá-lo na rua, debaixo de chuva, lhe reclamei que meus sapatos, velhos e rotos, estavam furados no solado. E ele, sem pestanejar, tirou os que calçava - em estado bem melhor que os meus - e disse: toma, me dá os teus e calças estes aqui porque eu vou para casa e quem vai para casa não se molha... E assim foi feito. Saimos rindo da nossa presepada. E só depois é que me toquei da grandiosidade daquela cena no que diz respeito à solidariedade e à amizade.
É por isso que, hoje, na hora do sepultamento dele, chovia. Eram lágrimas da natureza pela perda desta grande figura humana.
Um beijo, Fé.
Tião Maia

Anônimo disse...

Há tempos não via o Fé. Nas poucas vezes que convivemos, sempre se mostrava um sujeito alto-astral, engraçado e simpático. Não está mais entre nós, mas deixa muitas lembranças. Ele era daqueles jornalistas "das antiga", sempre com boas histórias pra contar. Copiando um poema de Manuel Bandeira, imagino o Fé entrando no céu, dizendo para São Pedro: "Licença, meu branco". E São Pedro, bonachão: Ô, Fé, você não precisa pedir licença."

Anônimo disse...

Nossa, fiquei alguns dias sem ler a coluna e nao sabia! Sinto muitissimo a passagem dele, o Feh eh muito especial p gente e como n'os o amavamos! Tao lindo, tao humano! Lembra daquela vez q ele passou uns 6 meses dizendo q estava apaixonado por uma mulher misteriosa, nunca dizia o nome? E a revelacao: Yoko Ono. Estou muito triste. Lembrar dele me faz lembrar bons momentos em familia, momentos lindos.