segunda-feira, 30 de junho de 2008

Perco a pochete, mas não perco a piada

Levei uma baita pisa na noite de sexta-feira passada. Depois de alguns murros e pontapés, arrancaram minha velha pochete que segurava minhas calças na cintura e carregava documentos e o bom pré-pago da Claro.
A violência enfim me alcançou. Não deu tempo nem para me mexer. Os caras não foram nem capazes de pedir com educação, pois, sabe lá, não teriam recebido tudo de bom grado?
Mas com bandido a coisa é na base da porrada. E, na ligeireza de um "epa!", o tabefe comeu no centro.
Rapaz foi tanta bofetada, beliscão, puxão de cabelo, dedada no olho, que não tive nem tempo para saber d’onde vinha a saraivada de peia. Só sei mesmo é que com tanta bordoada, estatelei no meio-fio.
Olhava para cima e lá vinha a coturnada nos meus baguinhos. Ainda reagi feito um idiota tascando minha cara no bico da bota 48 de um deles.
Procurei o rumo da ajuda, mas alguns transeuntes ainda diziam:
- Cabra "senvergõe. Bem feito pra tu, bebo safado.
É claro que a maioria da população de Rio Branco é gente boa e uma boa alma se compadeceu e chamou uma patrulha da PM, cujos policiais foram altamente profissionais e atenciosos para comigo.
Como cartunista e contador de anedotas, perco o nariz e os trambelhos que estavam na pochete, mas não perco a piada.
É por isso que escrevo esse depoimento, mais para fazer rir do que para denunciar a falta de segurança na minha querida cidade.
Mas tenho fé em Deus que isso vai acabar na "pacata" Rio Branco, afinal, daqui a dois anos, o Acre será o melhor lugar pra se viver, né não?

Um comentário:

Anônimo disse...

O que é o destino... No dia em que o Braga foi assaltado eu liguei pra ele:
- Tá onde, macho? Vem pro Bigode.
- Não. Tô aqui no Paço, vendendo uns livros. Vem tu pra cá?
- Eu não. Vou ficar um pouco aqui no Bigas e depois vou pra casa, descansar.
Aí, quando ele saiu do Paço, foi assaltado. Se eu tivesse ido, teria dado-lhe uma carona e haveria um nariz quebrado a menos na cidade. Porra, Braga, foi mal.