A mulher mais importante da minha vida é a santa Maria, a mulher que gestou e pariu Jesus Cristo, meu salvador e também de muita gente que acredita no inacreditável. Eu não vim aqui para falar de culto algum, religião nenhuma – Deus me livre! -, portanto fica na tua e continua quieto aí e espera para saber o que eu pretendo dizer ou então sai fora e corre pra frente da TV, porque está começando o BBB e o Show da Fé.
Maria, uma mulher de Deus, casada com José, um homem de Deus, suportou grande provação, agarrando, com seus dois magrelos braços de menina, a barriga que continha o Filho de Deus, sorria feliz e agradecia a grande dádiva. Maria, a grande mulher, esposa do carpinteiro Zé, comia de um nada, apenas sofria e bebia lágrimas. Imagine você ser perseguido por estar esperando a Esperança, carregando dentro de si o motivo para o fim da morte e a eternização da vida?!
Maria de Deus fora escolhida pelo Todo Poderoso, criador do universo, para chorar grandemente a dor de parir seu rebento na terra. De dentro de si, sob dores lancinantes a pequena virgem trouxe para este mundo tenebroso uma criancinha ensanguentada, pendurada pelo seu próprio umbigo e de boca bem aberta ela chorou quando seu filho chorou e chorou quando ele gritou com os pregos lhe perfurando a carne e lhe pregando numa cruz. Aquela mulher deixou de ser gente naquela hora.
Agora ela era mãe.
E nada, nada deste mundo a tiraria daquela situação tão dolorosa, tão dificultosa... tão divina. Só Deus...
Nem mesmo Ele, em sua infinita onipotência se atreveria... Deve ter dito para si mesmo: Mulher fui eu que te fiz. Saiba que eu sei o quanto você pode suportar. Eu sei que você pode, porque fui eu que te dei esse poder!
Ele sabe o que faz.
Marias vivam hoje e para sempre seus divinos dias.
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