Perdi meu amigo Zé.
Num sei como.
Só sei que quando dei por mim, tinha perdido o Zé.
Tateei pelos arquivos da minha consciência, vasculhei as gavetas onde guardo meias e inteiras desculpas para o dia seguinte e não encontrei o Zé por lá
Perdi o Zé, meu amigo.
Quando, eu não sei.
Sei lá como isso foi acontecer!
Sou destrambelhado, vivo perdendo o azimute, o prumo.
De vez em quando sinto falta de algo valioso.
Me dá aquele vazio, uma secura na garganta...
Busco, não acho, me culpo por ser tão distraído.
Mas, perdi, tá perdido.
Aí, nessa procura, felizmente encontro as palavras da Dona Rosa, minha mãe, que diz, enquanto chuleia meus bolsos furados:
Só outro, meu filho!
6 comentários:
quem será esse Zé que caiu pelo bolso??
deve ser o Zé pequeno...
rs
Boa, Thiago! Realmente eu não parei pra perceber que o Zé, na verdade não era um grande amigo, afinal, se fosse, não teria caído pelo bolso. Obrigado pelo poético e certeiro comentário.
Te conheço e sei que é uma figura sempre ligado nas turbinas das hidrelétricas e de um humor peculiar, mais acabei de ler o que escreveu troquei o teu Zé e coloquei o meu Zé, bateu uma tristeza, prq também já perdi Zés e Marias. Adorei. Parabéns.
Olha Braga,
Quem achou o amigo Zé, nesta hora deve está dizendo... Zé como tu é cheiroso.
Neto Esc
PoiZÉ, Valden, nós é que somos amigos sem bolso nem furo. Grande abraço, parceiro!
Pois é, Neto Marduqueu, eu até que botava a maior fé na minha amizade com o Zé, mas como dizem: "Fé demais não cheira bem!". Abraço, compadre! Tô com a cerveja e o peixe no gelo, aguardando sua chegada!
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