Toda dor passa. Um dia passa. Não creio mais em dores eternas e coisas imutáveis da vida, essa coisa de: “... eu nunca vou...”.
Poxa vida! Esse “Eu nunca vou” é péssimo.
Tem o “Eu nunca vou conseguir”, tem o “Eu nunca vou deixar”, o “Eu nunca vou poder” e tem o mais comum dos “Eu nunca” que é o “Eu nunca vou esquecer”.
Ora tome vergonha, que esse negócio de ficar lembrando ou esquecer, é coisa que só você resolve. E pode parar de ficar culpando uma força extraterrestre por isso, como se o universo inteiro tivesse predestinado você a uma fatalidade imutável.
Esquecer, só começa com o mudar e o mudar só começa com o querer mudar. Depois é só tentar e tentar algumas vezes até que o destino cochila e você rompe essa barreira estúpida do “... eu nunca vou...” e muda. Aí esquece.
Esqueceu? Pronto, agora é que vem a parte boa. Quando você esquece, permite a entrada de um personagem fundamental no seu reviver: O novo. E o novo pode estar aí na sua esquina ou até, você já esteja convivendo com ele e só não se deu conta.
O fato é que pra que isso aconteça primeiro você tem que tirar a bunda da cadeira, a faca do peito, o peso da consciência, a lágrima do olho e principalmente, tirar da lembrança o passado bom. Quem vive lembrando-se de um passado bom não percebe que tem um presente péssimo e não se permite um futuro melhor.
Vai, levanta daí e repita comigo: Eu vou.
Vai, levanta!
Ou você vai me dizer: “Eu nunca vou me levantar.”?
David Sento Sé é publicitário, marqueteiro, pintor e tocador de gaita. Escreve no blog Contar Gotas
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